CASOS DE SUCESSO
Movimento Maker Portugal
O sucesso deste movimento pode ser atribuído em grande parte à sua diversidade e à capacidade de envolver pessoas de todas as idades e origens. Desde estudantes universitários a aposentados, o movimento atraiu uma ampla gama de indivíduos com interesses diversos. As áreas de atuação variam desde a eletrónica e robótica até a marcenaria, costura e arte digital.. Um dos pilares do sucesso do Movimento Maker Portugal foi o seu compromisso com a educação e capacitação. Os Fab Labs e espaços Maker oferecem workshops, cursos e eventos regularmente para ensinar habilidades práticas e promover a aprendizagem colaborativa. Isso não ajudou apenas a criar uma comunidade forte de Makers, mas também teve um impacto significativo no sistema educacional do país, com escolas e universidades incorporando cada vez mais abordagens Maker nas suas práticas pedagógicas. À medida que o Movimento Maker Portugal cresceu, a sua influência estendeu-se além das fronteiras dos Fab Labs e espaços Maker. Muitos projetos iniciados por Makers portugueses evoluíram para startups de sucesso. Empresas fundadas frequentemente por pessoas que começaram como entusiastas Maker, estão a contribuir para a inovação e o empreendedorismo em Portugal e no cenário internacional. O movimento também abraça a ideia de responsabilidade social e sustentabilidade. Muitos projetos concentram-se em soluções para problemas locais, como a criação de dispositivos médicos acessíveis, a reciclagem de materiais e o desenvolvimento de tecnologias limpas. IRefletindo o compromisso da comunidade Maker com a criação de um mundo melhor. O Movimento Maker Portugal foi um verdadeiro exemplo de sucesso durante a pandemia da Covid-19, destacando-se pelo seu notável esforço na produção de viseiras de proteção para profissionais de saúde e comunidades locais em todo o país. Fundado por Bruno Horta, este movimento reuniu uma comunidade digital com aproximadamente oito mil membros apaixonados por tecnologia, impressão 3D e criatividade, que partilham conhecimentos e técnicas online. A iniciativa surgiu quando Bruno Horta teve a ideia de mobilizar esta comunidade para criar um modelo de viseira de proteção, baseado em designs open-source, que ele próprio otimizou. O objetivo era apoiar o esforço nacional de combate à pandemia de Covid-19, suprimindo a necessidade por equipamentos de proteção individual tão necessários naquele momento. Os resultados foram impressionantes. Foram fabricadas mais de cinco mil viseiras, 1300 delas entregues ao Município de Leiria para distribuição às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), 220 destinadas ao Centro Hospitalar de Leiria e 24 para cada corpo de bombeiros do concelho. A Universidade de Coimbra também recebeu mil unidades, bem como Lisboa. O apoio de várias empresas de Leiria foi crucial para o sucesso deste projeto. Além disso, o movimento recebeu pedidos de 32 mil unidades, destacando a sua disposição de apoiar todo o país. O objetivo era que a indústria local pudesse utilizar o modelo e criar versões homologadas que garantissem um fornecimento sustentado ao país. Este caso de sucesso é um testemunho inspirador do poder da inovação, da colaboração e da solidariedade em tempos difíceis. À medida que o Movimento Maker Portugal continua a crescer e evoluir, o seu sucesso inspira não apenas outros Fab Labs por todo o mundo, mas também comunidades locais a abraçar a cultura Maker. A capacidade de transformar ideias em realidade de forma acessível e colaborativa é um testemunho do poder da criatividade humana.